06/12/2021 9:42 · Destaques
Como parte das políticas de enfrentamento à violência contra a mulher, a Coordenadoria de Políticas Pública para Mulheres reforça a importância da campanha “16 dias de Ativismo Pelo Fim da Violência Contra as Mulheres”.
A campanha busca conscientizar a população principalmente a masculina sobre as várias formas de violência contra as mulheres e propõe medidas de prevenção e enfrentamento à violência, ampliando os espaços de debate com a sociedade.
A Coordenadoria de Políticas Pública para Mulheres convida as pessoas para pronunciarem uma frase pelo fim da violência contra as mulheres.
O prefeito Lucas Foroni disse que este é um problema de toda sociedade. “É um problema meu, é um problema seu, é um problema nosso. Vamos lutar e fazer a nossa parte sempre, estar conversando e dialogando e fazendo nossa parte para o melhor e para uma sociedade muito mais justa e muito mais igual para todos”, disse o prefeito.
A coordenadora de Políticas Pública para Mulheres, Francis Jaqueline, ressaltou a importância da campanha.
“É de suma importância, refletirmos que um dos pilares da causa da violência contra as mulheres ainda é a cultura machista e patriarcal, que educa os homens no exercício da violência e do poder sobre as mulheres – que se acham “donos” das mulheres; mulheres educadas para serem submissas e dóceis. Agindo movidos por um código de honra ultrapassado, tratando mulheres como sua propriedade e decidindo como devem se comportar, o que devem vestir ou com quem podem se relacionar. E quando uma mulher não segue o “padrão imposto pela sociedade”, “não obedece”, ou decide terminar um relacionamento que a oprime, ela sofre os todos os tipos de violência, desde a violência física, psicológica, patrimonial, moral, sexual, muitas vezes, chegando a mais letal, o feminicídio.” disse a coordenadora.
Origem da Campanha
No dia 6 de dezembro de 1989, um rapaz de 25 anos (Marc Lepine) invadiu uma sala de aula da Escola Politécnica, na cidade de Montreal, Canadá. Ele ordenou que os homens se retirassem da sala e gritando para as estudantes que permaneceram: “vocês são todas feministas!”, começou a atirar, assassinando a queima roupa, 14 mulheres.
Em seguida, Lepine suicidou-se. O rapaz deixou uma carta, na qual afirmava que havia feito aquilo, porque não suportava a ideia de ver mulheres estudando engenharia, um curso tradicionalmente dirigido ao público masculino.
O crime mobilizou a opinião pública de todo o país, gerando um amplo debate sobre as desigualdades entre homens e mulheres e a violência. Surgia assim a primeira campanha do Laço Branco, criada por homens, que elegeram como símbolo, o laço branco e adotaram como lema: “jamais cometer um ato violento contra as mulheres e não fechar os olhos frente a essa violência”.
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